domingo, 13 de dezembro de 2009

Adoção x Banco de Espermatozóide





Há algum tempo li uma reportagem sobre mulheres que decidem ser mães sozinhas e buscam um banco de esperma. Na matéria falava que cada vez mais cresce a procura por inseminações artificiais deste tipo, e as mulheres que prestaram depoimento alegavam que apelaram porque tinham o sonho de ser mãe e não encontraram o pai para realizar esse sonho. Então, decidiram ser mãe solteira. Fiquei horrorizada!

Na minha opinião, a mulher que sonha em ser mãe e não possui um parceiro para realizar este sonho deve procurar a adoção. Existem muitas crianças órfãs ou rejeitadas por suas famílias, vivendo em condições precárias no Brasil. Crianças que sofrem o abandono e se sentem rejeitadas, que quanto mais crescem menores são suas chances de ter um lar.

Já ouvi um homem dizer para sua mulher que não quer adotar porque a criança pode ser filho de um ladrão e, tendo herdado seus genes, poderá ter um caráter duvidoso. Santa ignorância! Quem conhece um pouco de antropologia sabe que o meio influência muito mais a conduta de uma pessoa do que as heranças genéticas.

Se for pensar por esse lado, imagine de quem poderá ser o espermatozóide de um banco de espermatozóide. No Brasil não é permitida a compra de espermatozóide, ou seja, as clínicas que oferecem esse “produto” precisam de doadores. Agora, você imagina um mega executivo, forte, bonitão, inteligente doando esperma? Não. Então, como será esse provável doador? Não conseguiu imaginar? Nem eu! Se doador de sangue e medula já é difícil, imagina de esperma! Que bem social existe por trás de um doador de esperma? Provavelmente as clínicas devem comprar esses espermas e eu não quero nem pensar no tipo de homem que vende seu esperma. Só tenho certeza de uma coisa: não quero um filho desse cara.

Mulheres do Brasil, que sonham em ser mãe, adotem uma criança. Elas estão em todos os lugares, sonhando com o amor que vocês podem dar, elas querem um lar, comida na mesa, querem aprender, querem uma vida digna.

Acho que nós mulheres temos o direito de decidir ser mãe sem precisar dos homens. Mas privar uma criança de ter um pai é crueldade e egoísmo. Existem muitas crianças carentes no Brasil sonhando com um lar que.